A Direção-Geral de Saúde (DGS) anunciou, no passado dia 9 de outubro, que as novas orientações sobre a gravidez durante a pandemia de COVID-19 passam a autorizar a presença de um acompanhante durante o parto. A campanha da APDMGP #parirsozinhanao (da qual fui responsável pela identidade gráfica) foi fulminante e certeira. Começávamos a ver uma luz ao fundo do túnel. A pergunta resistia na minha cabeça, o que posso eu fazer para apoiar estas famílias? Se tudo falhar, o que é preciso para parir? Como se combina distanciamento, ausência de contato, toque, quando se fala de parto e de nascimento? Chegavam-me histórias dos partos possíveis, partos “nunca me senti tão sozinha no meio de uma multidão”… parto aguenta o máximo em casa ou parto no particular onde o pai pode entrar. Onde está a coerência disto tudo? Passamos da realidade de negar recomendações da OMS nesta matéria, para continuarmos na roleta russa do serviço “público”…? Onde a maioria dos hospitais continua a negar direito ao acompanhante?
Sempre existiram más práticas no que toca ao parto, em tempos de pandemia esta questão ganha proporções irreparáveis… encontro grávidas ao abandono, famílias à sua mercê. Pais que são impedidos de se ligarem e vivenciar esse evento único do parto.
Temos de arranjar forças, dotados ainda de uma maior flexibilidade, resiliência e sentido crítico. Pela saúde física e emocional das famílias.
Tem de valer a pena.
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