Apoiar o aleitamento materno, por um planeta mais saudável.
As mudanças climáticas e a degradação ambiental é talvez um dos desafios mais urgentes do nosso planeta. Todos podemos fazer alguma coisa para reduzir a nossa pegada de carbono e pegada ecológica. A principal talvez seja a forma como alimentamos as nossas crias. A amamentação não cria desperdício, não afeta o ambiente devido aos seus métodos de produção, embalagem, distribuição ou preparação. Ela gera saúde, reduzindo o risco de doenças. Vem acondicionada na melhor embalagem, de forma gratuita.
De 1 a 7 de Agosto celebra-se a semana mundial de amamentação. Este ano torna-se imperativo, proteger, promover e apoiar aquela que é a primeira forma de alimento de um ser humano. A única que promove a saúde do planeta e dos seus habitantes.
Uma fotografia por dia.
“Amamentar durante uma segunda gestação permitiu-me ser mais empática comigo e mais consciente dos meus limites e das minhas emoções ligadas à amamentação. Há dias difíceis e é nestes desafios que encontramos clareza sobre o que precisa ser ajustado. O nosso vínculo entre mãe e filha está mais forte pois crescemos juntas durante todo o processo. Para mim amamentar será sempre uma história sobre entrega, aceitação e amor independentemente do desfecho.”
Nânci Batista Educadora de Infância e Professora de Meditação para Crianças, 28 anos com a Índia de 3 anos
Amamentar duas crianças de idades diferentes chama-se amamentação em tandem. Uma das principais preocupações é se é seguro. Não existe qualquer evidência de que mantendo a amamentação durante a gravidez irá privar o feto dos nutrientes necessários, causar um aborto espontâneo (no caso de uma gravidez normal) ou até desencadear trabalho de parto precoce devido à estimulação do mamilo e consequente produção de ocitocina. O útero possui muitas salvaguardas, impedindo uma forte reação à ocitocina que a amamentação liberta. Necessitar de descanso extra é normal. Poderá tentar descansar amamentando enquanto está deitada, recorrendo, por exemplo, a um colchão no chão, para que o mais velho possa sair para brincar.
É normal que pelo 4º ou 5º mês de gestação (às vezes antes disso) o leite diminua. Isto aliado a uma alteração da composição/sabor do leite, faz com que, muitas vezes, a criança perca o interesse e desmame naturalmente.
Existem porém algumas alterações durante a gravidez. Algumas mães desenvolvem sensibilidade extra nos mamilos. Se o seu filho tiver idade suficiente, peça-lhe para mamar com mais cuidado ou por períodos mais curtos.
Aquando o nascimento do bebé, este deverá ser priorizado para que possa usufruir dos nutrientes e anticorpos presentes no colostro (se a amamentação do mais velho já for esporádica esta questão não se coloca). A amamentação em tandem também pode ajudar a minimizar o ingurgitamento e aumentar a produção de leite.
A criança mais velha poderá aumentar a demanda ao ver o recém-nascido a mamar ou até já ter desmamado e querer provar o leite :). Aqui entra a negociação. Estabelecer limites que levem em consideração os sentimentos da mãe é uma grande parte do auto-cuidado. E o auto-cuidado é a chave para desfrutar da maternidade! Pode ocorrer sentir repulsa e nada ser igual ao que tinha imaginado! Limites generosos, mas realistas, são um equilíbrio entre respeitar as suas próprias necessidades e as dos seus filhos.
Marta Nabais Conselheira de Aleitamento Materno
Fotografia: Luís Aniceto
Tradução: Nádia Maurício
Agradecimentos: Supermercado 4BIO e Cláudia Dias.
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